Ferramentas analíticas para avaliação de custos com a saúde dos colaboradores: um estudo em fabricantes de EPI

Vanilda da Silva Duarte, Marco Antonio Silveira, Luciel Henrique de Oliveira

Resumo


RESUMO
Problema. Há lacunas importantes na literatura sobre o uso de ferramentas analíticas contextualizadas à realidade das pequenas empresas, sendo suas aplicações normalmente restritas às empresas de grande porte.
Objetivo. Identificar elementos de custos relacionados com a saúde dos trabalhadores, estimando o impacto na produtividade de empresas de pequeno porte.
Método. Estudo exploratório baseado em abordagem quali-quantitativa, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com dirigentes de três empresas de pequeno porte.
Resultados. Apesar dos altos custos com pessoal, os gestores não enxergam o absenteísmo e problemas associados como implicações negativas na produtividade. Falta capacidade para identificar e quantificar os elementos de custos relacionado à saúde do trabalhador. O investimento em saúde nem sempre é percebido pelos colaboradores como um benefício.
Conclusão. Existem limitações gerenciais importantes na gestão da dimensão humana na pequena empresa, como dificuldades em definir os fatores ligados ao custo com saúde e os custos com pessoal.

Palavras-chave: Ferramentas analíticas; People Analytics; Capital humano; Custos da saúde; Saúde do trabalhador.

Texto completo:

PDF

Referências


ALMEIDA, A.; CUNHA, Jorge. The implementation of an Activity-Based Costing (ABC) system in a manufacturing company. Procedia manufacturing, v. 13, p. 932-939, 2017.

ALMEIDA, Marília. Os preços médios dos planos de saúde particulares no Brasil. Exame, 06.08.2015. Disponível em: https://bit.ly/2Wdg1rB. Acesso em 01/02/2019

ANAZ, Silvio. People analytics, a fronteira tech na gestão de RH. Liderança e Pessoas. HSM Publishing, 18.02.2016. https://bit.ly/2VOe1Xf. Acesso em: 08/03/2019.

ANZAI, Yoshimi et al. Dissecting costs of CT study: application of TDABC (time-driven activity-based costing) in a tertiary academic center. Academic radiology, v. 24, n. 2, p. 200- 208, 2017.

BERSIN, Josh. People Analytics e Crescimento do mercado: dez coisas que você precisa saber. 01.06.2016. http://joshbersin.com/author/joshbersin/. Acesso em 2/04/2019 BOISVERT, H. Contabilidade por Atividades. São Paulo: Atlas, 1999.

CANESQUI, Ana Maria. Reflexões sobre os conceitos de saúde e doença e suas implicações. In: CZERESNIA, D.; MACIEL, EMGS; OVIEDO, RAM (Org.). Os sentidos da saúde e da doença. R. Janeiro: Fiocruz. Physis-Revista de Saúde Coletiva, v. 26, n. 1, p. 369-372, 2016. CIDAV, Zuleyha et al. A pragmatic method for costing implementation strategies using time- driven activity-based costing. Implementation Science, v. 15, p. 1-15, 2020.

CORREIO BRAZILIENSE. No Brasil, 700 mil pessoas sofrem acidente de trabalho a cada ano. Economia, 05.06.2017. https://bit.ly/2N9fAH5. Acesso em: 07/03/2019.

CRESWELL, J. Projeto de pesquisa. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

FEIJÓ, Bruno Vieira. Como contratar Plano de Saúde para os funcionários. PEGN. Disponivel em https://glo.bo/2Eibael. Acesso em 11/02/2019.

FERREIRA, Pedro Lopes. A medição do estado de saúde: criação da versão portuguesa do MOS SF-36. 1998. Universidade de Coimbra. https://bit.ly/2JrKA71. Acesso em 04/03/2019. FLORES, Laís Israel et al. O absenteísmo indicador para o processo de gestão de pessoas nas org. e de atenção à saúde do trabalhador. Revista Laborativa, v. 5, n. 2, p. 47-65, 2016.

FRANÇA, A C L et al. As pessoas na organização. São Paulo. Gente, 2002.

GANORKAR, Ashwin Bhimrao; LAKHE, Ramesh R.; AGRAWAL, Kamalkishor N. Methodology for application of Maynard Operation Sequence Technique (MOST) for time- driven activity-based costing (TDABC). International Journal of Productivity and Performance Management, 2019.

GARRIDO, G.; SILVEIRA, M. A.; SILVEIRA, R. D. Human capital and competitiveness Revista de Negócios, v.23, p.55 - 69, 2018.

GIL, A. Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em 09/04/2019.

KANE, Gerald C. People analytics through super-charged ID badges. MIT Sloan Management Review, v. 56, n. 4, 2015.

KAPLAN, Robert S.; ANDERSON, Steven R. The innovation of Time-Driven Activity- Based Costing. Cost Management, v. 21, n. 2, p. 5-15, Mar/Apr, 2007.

KAPLAN, Robert S.; COOPER, Robin. Custo e Desempenho: administre seu custo para ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 1998.

KEEL, George et al. Time-driven activity-based costing in health care: a systematic review of the literature. Health Policy, v. 121, n. 7, p. 755-763, 2017.

LEHN, Pablo Diego et al. A importância da definição e padronização dos tempos na determinação da capacidade produtiva. Revista Pesquisa e Ação, v. 4, n. 2, 2018.

MALVA, Rachel. People Analytics: um novo olhar. PWC Brasil, 2018. Disponível em: https://pwc.to/2Jv6vKf. Acesso em 20/01/2019.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed., São Paulo: Atlas, 2003.

MARTINS, Veridiana Tavares. Reforma trabalhista e as micro e pequenas empresas. Disponível em: https://bit.ly/2JVv8PE. Acesso em 30/12/2018.

MATOS, Marcelo et al. Brasil: uma década de políticas para arranjos produtivos locais e sua evolução. Pymes, Innovación y Desarrollo, v. 4, n. 1, p. 11-36, 2016.

MILANEZ, Alessandra. Perda de usuários diminui, mas custos altos desafiam convênios. Folha de São Paulo, 25.11.2017. https://bit.ly/2VOQFB0. Acesso em 10/02/2019.

MUNDO RH. Impactos financeiros do absenteísmo nas empresas. 2018. Mundo RH. Disponível em https://bit.ly/2YDQRQe. Acesso em 10/02/2019.

POZZEBON, M.F.; MARTINS, V.A.; JEREMIAS JR.,J.Análise de viabilidade da aplicação do método de custeio ABC em uma empresa prestadora de serviços contábeis. REPAE- Rev.de Ens.Pesq. em Adm. e Engenharia, v. 3, n. 2, p. 229-251, 2017.

SILVEIRA, M. A.; KIKUCHI, L. S. Aspectos psicossociais nas organizações. In: Saúde Mental e trabalho. 1a ed.São Paulo : CREMESP, 2016, v.1, p. 45-60.

TRT - Tribunal Reg. do trabalho. 2ª. região. https://bit.ly/2EiPRJA. Acesso em 10/02/2019. VETTORI, Enrico. 2015 Health Care Outlook Brazil. Deloitte, 2014. Disponível em: https://bit.ly/2LUE9LK. Acesso em 10/02/201920.

WHO - World Health Organization. ICD-11: International Classification of Diseases 11th Revision. 2019. https://icd.who.int/en/


Apontamentos

  • Não há apontamentos.