Smart cities e participação cidadã: opinião dos munícipes em uma capital nordestina acerca de iniciativas inteligentes bem-sucedidas

RICARDO TADEU SOARES

Resumo


Este trabalho se propõe a analisar a opinião dos munícipes de capital nordestina acerca da necessidade de implementação de iniciativas inteligentes bem-sucedidas em curto, médio e longo prazo. Trata-se de estudo quantitativo, do tipo survey, com questionário virtual autoaplicável formulado a partir da compilação de iniciativas aplicadas em Smart cities ao redor do mundo. A análise estatística utilizou os métodos descritivo e inferencial (softwares IBM SPSS 20 e R-Studio 3.6.1. versão free). Responderam o questionário1526 munícipes (65,1% do sexo feminino; 18 a 65 anos; distribuição não normal de idade, concentrada entre 20-40 anos). Dentre as 12 iniciativas, a porcentagem válida de respondentes que entendem por necessária a aplicação destas em Aracaju em curto prazo variou de 75,2% (“integração educacional entre escolas”) a 93,6% (“controle eficiente da coleta de lixo”). A média da Pontuação de Questionários (mPQ) foi maior entre mulheres e adultos (ambos com IC 95%, p<0,05). O termo Cidade Inteligente tem sido utilizado em campanhas publicitárias ao redor para promover empreendimentos privados e planos de governo, as quais podem difundir ideias subjetivas e sem critérios claros. Os munícipes têm papel central na construção de uma cidade inteligente e isso se concretiza pela participação junto à gestão municipal.

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