A ATUAÇÃO DE AGENTES EMPREENDEDORES COMO CATALISADORES DO CRESCIMENTO DA FIRMA: POSSIBILIDADE DE CONFLUÊNCIA TEÓRICA

Francisco Oliveira Machado

Resumo


O empreendedorismo é tratado como um fenômeno relacionado ao captar oportunidades empreendedoras, que modifiquem a realidade em que o indivíduo chamado de empreendedor se insira. Caso o sujeito realize suas atividades cotidianas circunscritas a organizações, o intraempreendedorismo passa a ser a base teórica de estudo. No entanto, o empreendedor interno a organizações age em meio a regras e rotinas já estabelecidas. Dessa forma, o presente artigo, um ensaio teórico, surge do debate não assimilado de áreas de conhecimento acadêmicos distintos que consideram a atitude empreendedora como base: (1) O Empreendedorismo e o Empreendedor; (2) Teoria do Crescimento da Firma; (3) Natureza e Essência da Firma; e (4) Rotinas. Ao final do trabalho, chega-se a propor três proposições de estudos futuros alicerçados nessa confluência teóricas realizadas. Especialmente, acredita-se que há três papéis a serem diferenciados nas organizações ao entendimento do que vem a ser o empreendedor: fazedor, supervisor ou seguidor de regras.

Palavras-chave


Regras e Rotinas. Empreendedorismo. Agentes. Natureza da Firma.

Texto completo:

PDF

Referências


BARNEY, J. B. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management. v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.

BECKER, M. C. Organizational Routines: a review of the literature. Industrial and Corporate Change, v.13, n.4, p. 643-677, 2004.

BOAVA, D. L. T.; MACEDO, F. M. F. Empreendedorismo Explicitado à Maneira dos Filósofos. In: Encontro de Estudos em Estratégias, 5, Porto Alegre, RS, 15 a 17 de maio de 2011. Anais... Rio de Janeiro: Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, ANPAD, 2011.

BRUYAT, C.; JULIEN, P.-A.. Defining the field of Research in Entrepreneurship. Journal of Business Venturing; 16, pg. 165-180, 2000.

BURNS, J.; SCAPENS, R. W. Conceptualizing management accounting change: an institutional framework. Management Accounting Research, v. 11, 2000, p. 3-25.

COASE, R. H. The Nature of the Firm. Economica. V.4, n.16, pp. 386-405, Nov. 1937.

CUNNINGHAM, J. B.; LISCHERON, J. Difining entrepreuneurship. Journal of Small Business Management. v. 29, n. 1, pp. 45-61, jan. 1991.

ECKHARDT, J. T.; SHANE, S. A. Opportunities and Entrepreneurship. Journal of Management; 29(3), pg. 333-349, 2003

EMIRBAYER, M.; MISCHE, A.. What is Agency? The American Journal of Sociology, vol. 103, no. 4, jan. 1998, pp. 962-1023.

FELDMAN, Martha S. Organizational Routines as a source of Continuous Change. Organization Science, v.11 n.6, p.611-629, 2000.

FELDMAN, Martha. S.. Resources in Emerging Structures and Processes of Change. Organization Science, vol. 15, n. 3, May-June 2004, pp. 295-309.

FELDMAN, M. S.; PENTLAND, B. T. Reconceptualizing Organizational Routines as a Source of Flexibility and Change. Administrative Science Quarterly, v.48, n.1, p. 94-118, 2003.

FILION, L. J. Diferenças entre sistemas gerenciais de empreendedores e operadores de pequenos negócios. Revista de Administração de Empresas. v. 39, n. 4, pp. 6-20, out/dez. 1999a.

FILION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração. v. 34, n. 2, pp. 5-28, abr/jun. 1999b.

FILION, L. J. Entendendo os intraempreendedores como visionistas. Revista de Negócios, Blumenau/SC, v. 9, n. 2, p. 65-80, 2004.

FRANÇA, A. B.; SARAIVA, J.; HASHIMOTO, M. Orientação empreendedora como indicador do grau de empreendedorismo corporativo: fatores que caracterizam os intraempreendedores e influenciam sua percepção. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v.1, n. 3, 2012.

GROTE, G.; WEICHBRODT, J. C.; GÜNTER, H.; ZALA-MEZÖ, E.; KÜNZLE, B.. Coordination inhight-risk organizations: the need for flexible routines. Cognition, Technology and Work, vol. 11, issue 1, Jan. 2009, pp. 17-27.

LIZOTE, S. A.; VERDINELLI, M. A.; SILVEIRA, A. Análise do Comportamento Intraempreendedor em Universidades: Estudo com Coordenadores de Cursos. In: Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 8, Goiânia, GO, 24 a 26 de março de 2014. Anais... São Paulo/SP: Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, ANEGEPE, 2014.

LOCKETT, A.. Edith Penrose’s Legacy to the Resourse-Based View. Managerial and Decision Economics. 26, 2005, p. 83-98.

McCARTHY, B. The Impact of the Entrepreneur’s Personality on the Strategy-Formation and Planning Process in SME’s. Irish Journal of Management. v. 24, n. 1, pp. 154-172. 2003.

MINTZBERG, H. Criando Organizações Eficazes: estruturas em cinco configurações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MINTZBERG, H. Patterns in strategy formation. Management Science, v. 24, n. 9, p. 934-948, May, 1978.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro para a selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

MOREIRA, H. S. A.; MOREIRA, M. A.; CASTRO SILVA, W. A. Dez anos de pesquisa em empreendedorismo apresentados nos Enanpads de 2003 a 2012: análise dos autores engajados na área. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 3, n.1, p. 33-55, 2014.

NELSON, R. R.; WINTER, S. G. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2005.

PENROSE, E. T.. A teoria do crescimento da firma. São Paulo: Ed. Unicamp, 2009.

PENROSE, E. T.. Biological analogies in the theory of the firm. The American Economic Review. Vol. 42, No. 5 (Dec., 1952), pp. 804-819.

PENROSE, E. T.. Research on the Business firm: Limits to the growth and size of firms. American Economic Association. 1955. P. 531-543.

PENTLAND, Brian T.; FELDMAN, Martha S.. Designing routines: On the folly of designing artifacts, while hoping for patterns of action. Information and Organization, vol. 18, 2008, pp. 235-250.

PENTLAND, Brian T.; FELDMAN, Martha S.. Organizational routines as a unit of analysis. Industrial and Corporate Change, v. 14, n. 5, pp. 793-815, Aug. 2005.

PEREIRA, L. M.; HASHIMOTO, M. Das razões que levam funcionários de empresas intraempreendedoras a constituírem seus próprios negócios. In: Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 8, Goiânia, GO, 24 a 26 de março de 2014. Anais... São Paulo/SP: Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, ANEGEPE, 2014.

SHANE, S.; VENKATARAMAN, S. The Promise of Entrepreneurship as a Field of Research. Academy of Management Review. vol. 25, n. 1, pp. 217-226, 2000.

SHEIN, E. H. The role of the founder in creating Organizational Culture. Organizational Dynamics. pp. 13-28. summer, 1983.

SINGH, R.. A comment on developing the field of entrepreneurship through the study of opportunity recognition and exploitation. Academy of Management. The Academy of Management Review; Jan 2001; vol 26, n. 1, pg. 10-12

SIQUEIRA, W. R. de; PEGHINI, P.; SOUZA, L. D. de; OLIVEIRA FILHO, J. B. de. Atitude empreendedora de proprietários e funcionários intraempreendedores: um estudo comparativo entre visionários e visionistas. In: Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 8, Goiânia, GO, 24 a 26 de março de 2014. Anais... São Paulo/SP: Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, ANEGEPE, 2014a.

SIQUEIRA, W. R. de; PEGHINI, P.; SOUZA, L. D. de; OLIVEIRA FILHO, J. B. de. Atitude empreendedora de proprietários e funcionários intraempreendedores: um estudo comparativo entre visionários e visionistas. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 3, n.1, p. 84-104, 2014b.

SOUZA, C. P. da S.; TAKAHASHI, A. R. W. Processo de Intraempreendedorismo e Mudança Organizacional em uma Organização Universitária Pública Brasileira. In: Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 8, Goiânia, GO, 24 a 26 de março de 2014. Anais... São Paulo/SP: Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, ANEGEPE, 2014.

SOUZA, M. J. B. de; TRINDADE, F. de M.; FREIRE, R.. Empreendedorismo sob o Enfoque de Diferentes Perspectivas Teóricas. In: GIMENEZ, F. A. P.; FERREIRA, J. M.; RAMOS, S. C. (Org.). Empreendedorismo e Estratégia de Empresas de Pequeno Porte (Volume 1). 1 ed. Curitiba: Editora Champagnat, 2010, v. 1.

TEIXEIRA, R. M.; MORRISON, A. Desenvolvimento de Empresários em Empresas de Pequeno Porte do Setor Hoteleiro: Processo de Aprendizagem, Competências e Redes de Relacionamento. Revista de Administração Contemporânea. vol. 1, n. 1, jan/abr 1997. pp. 105-127.

VALE, G. V.; WILKINSON, J.; AMÂNCIO, R. Empreendedorismo, Inovação e Redes: uma nova abordagem. Revista de Administração de Empresas Eletrônica. v. 7, n. 1, Art. 7, jan./jun. 2008.

WEICHBRODT, J.; GROTE, G.. Rules and Routines in Organizations: A Review and Extension. Forth International Conference on Organization Routines, Nice, France, 2010.




DOI: https://doi.org/10.6034/663

Apontamentos

  • Não há apontamentos.